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Para evitar delação de Polaco, filho de Reinaldo cogitou matá-lo, diz “laranja” de construtora

Quinta, 13 Setembro 2018 00:26

Preso na Operação Vostok, Rodrigo cogitou matar integrante de esquema para evitar delação premiada, segundo despacho de ministro do STJ (Foto: Arquivo)

O advogado Rodrigo Souza e Silva, 29 anos, filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), cogitou matar o corretor de gados José Ricardo Guitti Guímaro, o Polaco. A revelação teria sido feita pelo aposentado Luiz Carlos Vareiro, 61 anos, que seria “laranja” da Ciacon Construções e Obras, e consta do despacho do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que decretou a prisão temporária do herdeiro e mais 13 pessoas.

Vareiro foi contratado por Rodrigo para roubar propina de R$ 270 mil em 27 de novembro do ano passado. Ele contratou um grupo para simular o roubo do dinheiro, que era levado pelo comerciante José Ademar Catafesta,62. Rodrigo pagou a propina e contratou uma quadrilha para recuperar a propina, conforme O Jacaré revelou, com exclusividade em dezembro.

No entanto, a história é muito mais assombrosa do que contada inicialmente. Na época, Catafesta deu queixa do roubo do carro e de R$ 9 mil em dinheiro. Para azar de Rodrigo, o Batalhão de Choque prendeu a quadrilha, que entregou o plano para o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira. Na época, o governador ameaçou retaliar os militares envolvidos na prisão.

Nesta quarta-feira, o promotor Marcos Alex participou da Operação Vostok, que cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária.

O apartamento de Rodrigo foi um dos alvo das operação. Ele estava em Naviraí acompanhando o pai, que é candidato à reeleição, e só se apresentou por volta das 14h30 de hoje.

Trecho do despacho do ministro que revela detalhes do suposto plano para executar integrante de organização para evitar delação (Foto: Reprodução)

De acordo com o despacho do ministro do STJ, Vareiro revelou em depoimento que o plano era matar Polaco. O corretor de gado, que teve flagrante cobrando propina para Sérgio de Paula exigido no Fantástico, da TV Globo, ameaçava fazer delação premiada.

“Observa-se, que no bojo das investigações, verificou-se até mesmo, a possível arregimentação de eventual eliminação/morte de um dos atores da arquitetura criminosa, José Ricardo Guitti Guímaro, conhecido como Polaco, em ausência de fidelidade à organização criminosa”, destaca o ministro.

Além do planejamento para evitar a delação premiada, o ministro Felix Fischer descreve o roubo planejado para recuperar a propina, já contado em dezembro do ano passado pelo O Jacaré.

Considerado segundo na hierarquia da suposta organização criminosa, Rodrigo é apontado como o responsável em receber a propina paga em dinheiro pela JBS. De acordo com Demilton de Castro, ele indicou o empresário Antônio Celso Cortez, que já integrou o esquema do ex-governador André Puccinelli (MDB), para receber o dinheiro em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Na época em que O Jacaré divulgou a prisão da quadrilha que recuperou a propina, o Governo classificou a história como estranha e negou qualquer participação no episódio. O governador prometeu apurar a história, mas nada foi divulgado até o momento.

Marcos Alex chegou a ser afastado do Grupo Especial de Combate à Corrupção, mas continua no comando do inquérito envolvendo o filho do governador.

Ele chegou a pedir apoio da Polícia Federal para ouvir os envolvidos no roubo da propina, como Polaco, Catafesta e Rodrigo.

A prisão do filho do governador, que completa 30 anos no dia 26 deste mês, é temporária e tem duração de cinco dias. Até o momento, os advogados nem o Governo se manifestaram sobre a operação.

Policiais federais e promotor Marcos Alex deixam apartamento do filho do governador (Foto: Campo Grande News)

 

fonte: O jacaré 

 
 

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